quinta-feira, 11 de março de 2010


1.No fundo, eu sempre soube...
2.Era inevitável, e ao mesmo tempo tão cruel, que afundava minha mente e minha vida, em tormento árduo.
Eu sempre soube....que seria obrigada a arcar com as consequências de minhas decisões e deixar meu egoísmo de lado.
E aquilo me feria...
Como uma tortura lenta e saborosa, aos olhos de um bom vingador.
Eu sempre notei... que em algum momento, o sonho se dissolveria a nada.Aprendi na vida, que os contos de fadas não são reais, apesar de ter vivido um por um breve período de tempo.
Me iludi, me enganei.... assim como o fiz com as pessoas que me importavam.
E pouco a pouco, a ferida se tornava mais grave, exposta... permanentemente dolorosa.
Me esforçei para dar ao conto de fadas, um fim menos trágico.

Mas eu sabia que minhas tentativas seriam em vão. E enquanto procurava, desesperada, uma maneira de recuperar o que perdi....minhas lágrimas rolavam, livremente.
Lágrimas de arrependimento, de desprezo próprio, que sugavam cada vestígio de esperança de meu ser enfraquecido.
Egoísta e fútil, sempre me acostumei a possuir todas as partes do inteiro.
Talvez por medo, recusei-me a sacrificar a mais pura e delicada delas. Afinal, eu sei, sempre soube....que essa parte, que eu tanto preciso, iria se afastar de mim.
E agora, sinto a ausência da mesma, levando consigo, um pedaço de meu coração manchado em lamentos.Por fim, concluo que de nada adiantou a cautela e indecisão.Pois eu sei, você sabe, todos sabem...
O conto de fadas se desfaz, quando alança o 'felizes para sempre'.

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